Marcelo:
Bom dia, Paula, tudo bem?
Paula:
Bom dia, Marcelo! Tudo bem, e com você?
Marcelo:
Tudo ótimo. O objetivo da nossa entrevista hoje é conhecer um pouco mais sobre o Coco Marine, sua trajetória como cheff, e entender, principalmente, sobre o Festival de Camarão que você vai realizar no próximo final de semana. Tudo certo?
Paula:
Isso mesmo, vai ser no final de semana. Sexta, sábado e domingo, serão três dias de festival.
Marcelo:
Sexta, sábado e domingo! Então teremos três dias para nos deliciarmos? Que maravilha!
Marcelo:
Para começar, Paula, gostaria que você contasse um pouco sobre a história do Coco Marine. Como surgiu a ideia de abrir um restaurante especializado em frutos do mar aqui em Santos?
Paula:
Que pergunta bacana! Na verdade, eu já tinha um restaurante, que não era especializado em frutos do mar, até porque sou mineira. Quando comecei na gastronomia, meu desejo inicial era abrir um restaurante mineiro. Tudo começou com um café que abrimos aqui no Pátio Iporanga, com uma parte dedicada à gastronomia. Depois de uns 7 a 8 anos com esse primeiro restaurante, surgiu a ideia de abrir um especializado em frutos do mar.
Apesar de ser engraçado uma mineira abrindo um restaurante de frutos do mar, eu aprendi a cozinhar esses pratos com meu marido. Ele vem de uma família espanhola que sempre preparou essas iguarias, como o polvo à galega. O desejo de abrir um restaurante que tivesse a cara de Santos surgiu depois das nossas viagens, inclusive internacionais. Em uma dessas viagens, me inspirei em um restaurante que me marcou, e pensei: ‘É isso que quero para o nosso próximo empreendimento’. Foi assim que nasceu o Coco Marine, com uma proposta que une o que há de melhor em frutos do mar, com um toque especial das nossas raízes.
Marcelo:
Que história fantástica! Então, uma mineira veio para Santos e se especializou em frutos do mar. Isso é incrível, porque Santos realmente tem tudo a ver com esse tipo de gastronomia. E o toque mineiro sempre deixa qualquer prato ainda mais especial. Eu, particularmente, sou apaixonado pela culinária mineira.
Sobre o Festival de Camarão
Marcelo:
Agora, falando sobre o Festival de Camarão, que é o foco da nossa reportagem. Vamos divulgar isso de forma dinâmica para alcançar o maior número de pessoas possível. De onde veio a inspiração e a ideia para o festival? Já houve outras edições ou esta é a primeira?
Paula:
Essa é a primeira edição oficial do festival. Na verdade, fizemos uma prévia há cerca de 3 ou 4 meses, e foi muito bem aceita pelo público. Mas resolvemos dar uma pausa para planejar algo mais especial, algo pontual. Por isso, decidimos realizar o festival nesse final de semana, com o intuito de oferecer uma ampla variedade de pratos do nosso cardápio. Aproximadamente 70% do nosso menu estará disponível durante o festival.
Marcelo: Dando sequência aqui, Paula, sobre o Festival de Camarão, que é algo que me interessa muito. Sou amante de frutos do mar, especialmente de camarão. Eu gosto de camarão de quase todas as formas. Difícil encontrar um tipo de camarão que eu não aprecie. Mas, em especial, no Festival de Camarão, que é o intuito dessa reportagem, queremos divulgar isso de forma dinâmica, tentando alcançar o maior número de pessoas. Então, de onde veio a inspiração e a ideia para o Festival de Camarão? Já houve outras edições ou esta é a primeira vez?
Paula: Bacana. Essa é a primeira edição oficial. Na verdade, fizemos uma prévia há uns três ou quatro meses atrás, onde colocamos o festival em teste. Foi bem aceito pelo público, mas resolvemos dar uma pausa para criar algo mais pontual. Por isso, decidimos fazer neste final de semana. O intuito é oferecer uma gama de produtos do nosso cardápio. Aproximadamente 70% do cardápio estará no festival, em pequenas porções. Assim, os clientes terão a oportunidade de experimentar várias coisas, como a casquinha de siri, o polvo à vinagrete. Estamos lançando, inclusive, o risoto de calda de lagosta com limão siciliano, que é a estrela do festival. A ideia surgiu há 15 dias, enquanto conversava com o Alex, e resolvemos fazer o risoto de lagosta como destaque do festival. Então, o cliente pode experimentar várias opções do nosso cardápio em forma de “finger food”.
Marcelo: Muito interessante! Parabéns pela ideia. O povo santista agradece, e eu, em especial, porque como disse, sou amante de camarão. Estou ansioso para este festival e tenho certeza de que será um sucesso, como tudo que você faz. Agora, falando sobre a variedade de pratos, quais pratos exclusivos serão servidos durante o festival? Há alguma criação especial que você gostaria de destacar?
Paula: Sim, eu já mencionei o risoto de calda de lagosta, que é uma novidade. É uma criação exclusiva para o festival. Além disso, teremos outros pratos com frutos do mar, como camarão, polvo, lula e marisco. Graças a Deus, o marisco voltou, pois estávamos com um probleminha de fornecimento, mas agora está tudo certo. Teremos também casquinha de siri, que é uma tradição nossa, e pastel de frutos do mar, que é muito bem aceito. A ideia é oferecer várias opções para que as pessoas possam experimentar um pouco de cada coisa. O destaque realmente é esse risoto de lagosta, que está delicioso.
Marcelo: Estou ansioso por essas delícias! E quanto aos ingredientes, como é feita a seleção dos camarões e demais ingredientes utilizados? Há alguma parceria com pescadores locais ou fornecedores específicos?
Paula: Bacana. Nós já comprávamos do mercado do peixe e do Alex, do box santista. Ele é parceiro do meu marido em outros negócios. Testamos outros fornecedores, mas o que melhor nos atendeu foi o Alex, porque temos uma relação muito próxima. Ele manda tudo separado, já pesado, o que facilita nosso processo interno, evitando desperdício e economizando tempo na limpeza e separação. Fechamos uma parceria com ele quando começamos o restaurante, experimentamos outros fornecedores, mas voltamos para o Alex. Ele nos entrega produtos frescos quase todos os dias, o que nos permite oferecer algo muito mais fresco para os clientes. O Alex nos atende perfeitamente.
Marcelo: Show de bola! Então, o pessoal de Santos pode ficar tranquilo quanto à qualidade dos produtos. Agora, falando em sustentabilidade, o restaurante adota práticas sustentáveis na compra e no preparo dos frutos do mar? Como é feito o manejo responsável dos recursos?
Paula: Exatamente. Temos essa preocupação com o aproveitamento dos ingredientes. Já falei sobre como recebemos os produtos do box, e que eles chegam já limpos e separados, o que evita o desperdício. No caso do hortifruti, fazemos o melhor aproveitamento possível, não jogando fora partes que podem ser usadas para dar sabor aos pratos. Internamente, estamos trabalhando na separação do lixo, para garantir o que é reciclável e o que é orgânico. Ainda não está 100%, mas estamos no caminho certo. Também estamos estudando a implementação de energia solar, o que seria uma excelente opção para o restaurante.
Marcelo: Muito bom, parabéns! E qual é a importância do camarão na culinária brasileira, e como o festival celebra essa tradição?
Paula: O camarão é uma iguaria versátil, muito presente na culinária de regiões litorâneas, como o Nordeste, onde é a base de sustento de muitas famílias. Pode ser utilizado de várias formas: grelhado, cozido, em moquecas, e em diversas outras preparações. No começo, em Minas, eu não tinha ideia da importância do camarão. Achava que era um ingrediente caro, mas hoje percebo que é acessível e possível de ser preparado de várias maneiras. Aqui em Santos, é fácil encontrar camarão a preços razoáveis, o que permite criar pratos maravilhosos. O festival tem como objetivo ressaltar essa versatilidade, não apenas do camarão, mas dos frutos do mar em geral, e ensinar as pessoas a apreciarem esses alimentos com segurança.
Marcelo:
Bom Paula, vamos agora ao tema de expectativas e preparativos. Expectativa de público: quantas pessoas são esperadas para o festival e como o restaurante se preparou para receber este aumento no movimento?
Paula:
É uma boa pergunta. Números a gente não consegue precisar. Obviamente, estamos tendo bastante procura, graças a Deus. Não só nas redes, mas aqui, com o pessoal ligando e fazendo reserva. Eu espero que realmente seja um sucesso, porque acho que tem muito a agregar. As pessoas têm a oportunidade de conhecer a gente. Há vários clientes que já conhecem a casa, e são esses que estão perguntando sobre o festival. Então, estamos muito felizes com isso e estamos fazendo a divulgação. É o nosso primeiro festival, e esperamos receber, com certeza, bastante gente. Estamos nos preparando porque, conforme eu falei, recebemos os insumos muito em cima para o preparo, para que não fiquem na casa tanto tempo. Então, alinhamos isso com o Box. Estamos fazendo esse festival junto com o Box Santista, e temos uma expectativa bem positiva em relação a isso. Eu espero que as pessoas venham, de fato. Se for de acordo com a divulgação e a procura, acredito que vai ser um sucesso, sim.
Marcelo:
Olha, você respondeu essa pergunta com maestria. Parabéns, foi muito bem respondida. Eventos paralelos: além dos pratos especiais, haverá outras atividades durante o festival, como apresentações musicais, degustações ou workshops?
Paula:
Na verdade, focamos na comida especificamente neste primeiro momento. Quando fazemos as ações aqui, seja algum festival ou até a própria feijoada, trazemos samba, música ao vivo. Neste, queremos focar especificamente no festival, então não vamos trazer nenhuma atração, pelo menos por enquanto. Vai que acontece, mas estamos focados realmente em atender a comida, em fazer o cliente apreciar o festival.
Marcelo:
Show de bola, show de bola, respondido. Equipe e desafios: quais foram os maiores desafios na organização do festival e como a equipe do Coco Marine está se preparando para garantir uma experiência memorável aos clientes?
Paula:
É o que fazemos, né? Trabalhamos com isso. O que muda é quantas pessoas vamos receber para esse festival, que é a expectativa de termos um público maior. Mas sempre treinamos a equipe, nos preparamos em termos de cardápio. Então, essa não é a minha preocupação. A minha preocupação é, obviamente, que o cliente esteja aqui e tenha uma boa experiência, não só com a comida e o festival, mas também com o atendimento. E estamos nos preparando, com certeza, para isso.
Marcelo: Impacto e futuro impacto no comércio local, como os eventos como o festival de camarão impactam o comércio local e a economia da cidade de Santos?
Paula: Eu acho que todo evento que a gente faz, lógico, a gente não atinge só o público daqui, né? A gente traz inclusive pessoas de São Paulo, famílias, né? Gente que trabalha aqui e acaba trazendo essas famílias. No final de semana, a gente tem recebido não só gente de São Paulo, mas do interior de São Paulo, e isso movimenta a economia, com certeza. E a gente sabe que traz impacto para cá e a gente está na cidade e a gente precisa movimentar isso. Então, com certeza, esse número, inclusive pessoas de outros lugares, movimenta e ajuda bastante a economia local.
Marcelo: Planos futuros: o Coco Marine tem outros festivais ou eventos gastronômicos planejados para o futuro? E como você vê a evolução do restaurante nos próximos anos?
Paula: Boa pergunta. A gente faz muita ação, né? A próxima ação que a gente vai ter, a gente sempre participa do Week, né? Está vindo aí a próxima edição, que agora em… Então, depois do festival, a gente recebe o Week, inclusive o lançamento do Week vai ser feito aqui no Coco Marine. E aí a gente está com um cardápio bem bacana, porque a gente desenha um cardápio diferente de outros que a gente fez pautado 100% no tema. Ou a gente criava um cardápio novo, na verdade, o Coco Marine. Ele tem um cardápio que ele pega, na verdade, o Brasil todo. Não só o Brasil, mas outras regiões do mundo. E a gente resolveu não mudar tanto. Criar um prato, obviamente, que vai ser a chamada do Week, mas a gente vai aproveitar o nosso cardápio que a gente tem aqui, porque às vezes o cliente vem e ele não é sempre um cardápio novo para o Week. Então a gente pegou e está dentro do tema, que é o tema do Week dessa edição, e a gente quer usar o nosso cardápio, né, com características nossas, e mostrar o que a gente tem aqui. Então, e que vem bem bacana nessa próxima edição e a gente criou um prato específico que vai ser o chamariz desse festival. Está bem?
Marcelo: E a evolução do restaurante para os próximos anos, que é o segundo tópico dessa única pergunta, é uma pergunta dupla.
Paula: Tá, é lógico. A gente vem crescendo. A gente tem 2 anos de atuação, né? Aqui em Santos, com o Coco Marine, o outro restaurante tem 10 anos e ele vem crescendo a cada dia. Isso é muito bacana, porque a gente está sentindo a evolução disso desde quando a gente inaugurou para agora. E obviamente a gente pensa nesse crescimento contínuo, a gente vem fazendo isso gradativo. Tem gente que abre o restaurante, tem aquele boom, mas depois isso cai. O nosso, graças a Deus, ele tem subido, tá numa curva bacana e a gente está feliz com isso e eu vou criando, obviamente, a gente tem os menus que a gente faz aqui, eu faço menus com base na sazonalidade de cada ingrediente. Então a gente trabalha isso e faz cardápios, inclusive cardápios executivos, com base na estação de cada ingrediente. Então a gente pensa nisso para trazer também e satisfazer o cliente. Óbvio, né? A gente tem um mix aí de cardápio, de ingredientes bem bacana para atender inclusive as empresas e com isso essa divulgação para a empresa. A gente pretende crescer um pouco mais, inclusive durante a semana, porque o nosso maior movimento hoje ainda está no final de semana, sexta, sábado e domingo. E aí a gente quer crescer exatamente na parte corporate.
Marcelo: Qual é o nome do outro restaurante que você citou, que já tem 10 anos?
Paula: Fogo de Minas.
Paula: O Mineirinho foi quando tudo começou, né?
Marcelo: E foi tudo quando começou? Então lá também tem o seu dedo, com certeza, a mão inteira. Vamos lá. Mensagem final: que mensagem você gostaria de deixar para os leitores e para aqueles que estão planejando do festival?
Paula: Primeira coisa que eu gostaria não só do festival, mas é agradecer a todas as pessoas que vêm aqui no restaurante, que gostam, que avaliam. Que é terça-feira, a gente teve um aniversário que foi superbacana, de uma senhora que fez 80 anos, né? E foi sensacional. Ela mandou uma mensagem super carinhosa para a gente, falando do atendimento, falando da comida. Então é isso que nos faz trabalhar cada dia melhor, né? Não só, mas a equipe, ela está sempre engajada em trazer isso pro cliente, em ter a satisfação do cliente, e isso é muito bacana e isso a gente vê na prática. E inclusive através dos clientes. Eu convido obviamente a todos para virem no festival. Eu acho que é uma oportunidade bem bacana de experimentar a variedade do nosso cardápio, né? Ter a oportunidade de experimentar. E é isso, eu espero vocês aqui, né? E tem bastante coisa bacana. E esse é o primeiro festival e a gente vai trazer outros festivais, a gente tem outras festas para acontecer também, então é isso?
Marcelo
Eu irei fazer agora algumas perguntas aqui. São 3 perguntas básicas para que o leitor possa te conhecer melhor, entender um pouco mais da Paula, da Cheff Paula, e a sua trajetória pessoal, como foi a sua trajetória até se tornar proprietária do Coco Marine e o que a motivou a se especializar em frutos do mar, já que você é uma mineirinha?
Paula
É verdade, a área da gastronomia nem sempre foi minha área, né? Eu sempre fui muito comilona, minha mãe sempre fez comidas maravilhosas, né? A gente é de sítio, a gente é de plantação, então eu via os ingredientes crescerem, então isso me deixa bastante feliz, né? Mas eu saí de casa muito cedo, eu fui para São Paulo eu tinha 17 para 18 anos e comecei a minha área totalmente diferente da gastronomia que é hoje, né? Eu fui de loja, eu fui de empresa de seguros, então trabalhei 20 anos em seguros. A minha formação é comunicação e marketing. Eu fiz pós em marketing, nada a ver com gastronomia. Até então eu trabalhava com treinamentos, né? Nessa empresa de seguros, onde eu fiquei quase 15 anos, né? A última que eu passei foi uma multinacional até vir para cá, então morei em São Paulo, em São Bernardo. Eu só fui andando até chegar em Santos, né? Meu marido é daqui. Foi por isso que eu vim. E quis abrir os restaurantes aqui. A gente começou com esse Mineirinho, até porque eu gosto bastante, não é? Sou mineira e sou suspeita para falar. Adoro queijo, doce de leite e tal. É, vou até falar do que me inspirou, inclusive no nome do Coco Marine. Por quê? E aí vim andando, até me casei aqui em Santos e a gente resolveu abrir o restaurante, né? Abri o Mineirinho, primeiro, isso há 10 anos, e depois a gente idealizou. O que foi que eu falei lá no começo, né? Com base no que a gente gosta, no que a gente comeu ao longo desses anos juntos, que a gente viajou bastante. E aí a gente resolveu fazer alguma coisa que fosse para os dois. Eu já tinha um Mineirinho. E aí, Como ele é santista, filho de espanhol, a gente trouxe essa questão do Mediterrâneo. E aí quis abrir um restaurante que tivesse a cara dele também, né?
Marcelo
Paula qual é o seu prato favorito? Qual é o seu prato perfeito do menu e por que do menu do Coco Marine e por quê? E alguma memória especial associada a ele.
Paula
Certo. Você vê que muita coisa aqui do meu cardápio tem coco, né? Inclusive o nome é Coco Marine, né? E não por coincidência, quando era pequena em Congonhas, que é minha cidade, e eu sempre trocava com a minha mãe. Ela me mandava fazer uma tarefa, inclusive isso esse relato tem no meu cardápio. Eu trocava, se ela me desse um coco, eu faria a tarefa. E aí eu sempre ganhava um coco. Eu fazia várias coisas com aquele coco e eu ralava, eu comia, eu queimava, eu fazia muitas coisas. E essa memória ficou, né? Hoje é uma memória, várias coisas. Aqui tem o quindim, tudo, um monte de coisa. Tem Polvo arroz de coco. Por causa dessa, é dessa minha memória afetiva de infância, que eu sempre negociava com a minha mãe para a compra do coco. Então aqui tem. Não é só um, né? A gente tem arroz de coco que eu adoro, né? Que vem com a pescada cambucu e uma farofa. A gente tem a cocada brolet, que é outra queridinha, né? Da casa. É um carro chefe na questão da sobremesa que a gente a faz aqui. Então tem várias coisas aqui com coco por causa dessa memória afetiva.
Marcelo
Que conselho voce daria para quem deseja empreender no setor de gastronomia, especialmente em uma cidade litorânea como Santos?
Paula
A primeira coisa é você gostar do que faz. Eu acho que a pessoa não pode, só estar pautada na questão monetária, né? Na questão do dinheiro, você tem que amar o que faz. E gastronomia é uma coisa que deveria ser assim porque eu estou na operação, eu estou na contratação, eu estou no controle de todo o processo. É, é, é trabalhoso. Você trabalha muito mais do que outras áreas, porque eu vim de uma outra área, eu sei que eu não trabalhava final de semana e hoje a gente trabalha de domingo a domingo basicamente, né? Porque eu tenho outro restaurante, que é no shopping, então isso é constante. É um trabalho árduo, é treinamento de equipe que a gente tem que fazer, porque as pessoas têm que comprar a mesma ideia, elas têm que estar junto com você para desenvolver isso, porque você não consegue estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Obviamente eu estou na cozinha, mas eu preciso de alguém competente e que consiga entender o que a gente precisa. Então a gente tem de trabalhar, né? É, acreditar, é fazer e ser apaixonado pelo que faz, porque senão, não dá certo, né? Porque eu tive a experiência em outras coisas e sei que se não tiver essa paixão, eu faço tudo com bastante paixão. Eu viajava para outros lugares e trouxe essa paixão de fazer, de tentar fazer sempre bem-feito e considerando uma coisa que eu sou apaixonada, que é comida. Então eu sempre fui uma apreciadora, então acho que eu sou estou assim. Certo? E eu gosto de fazer isso. Eu gosto de pessoas, eu gosto de ingredientes, eu gosto de comida. E eu acho que eu estou no lugar certo e tem que ter essa paixão, principalmente se considerar comida, né? Pessoas você tem que gostar bastante.
Marcelo
Legal, Paula, muito obrigado pela sua entrevista e parabéns pela sua iniciativa e vamos aguardar aí então que o Festival do Camarão vai nos trazer. Este final de semana promete, desejo todo o sucesso do mundo, conte sempre com a gente e mais uma vez, muito obrigado pelo seu tempo, pela sua atenção e sucesso sempre!
Paula
Eu que agradeço Marcelo, gratidão mesmo a todos e a você.