A decisão tomada pelo Corpo de Bombeiros dos estados de Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal, de soltar uma nota técnica com medidas de segurança mais rígidas para sistemas de energia solar, está influenciando outras unidades federativas do Brasil a fazer o mesmo.
Atualmente, já há uma norma sendo elaborada em São Paulo e outra aguardando apenas o processo de publicação no Rio Grande do Sul – o que significa que em breve a normativa entrará em vigor nos municípios gaúchos.
O objetivo destas normativas propostas é impor a utilização de equipamentos adicionais de proteção, como o rapid shutdown, e de retrofitar instalações que já possuem sistemas de energia solar em suas dependências.
Todos esses documentos possuem caráter obrigatório para os imóveis que necessitam de alvará de funcionamento, como estabelecimentos comerciais, industriais e unidades multifamiliares (condomínios), uma vez que não é de competência técnica dos bombeiros a fiscalização em edificações residenciais.
As corporações estão optando pela publicação destes documentos para evitar incêndios causados pela má instalação de sistemas fotovoltaicos por parte de algumas empresas do setor solar. Esse assunto vem sendo amplamente discutido pelo Corpo de Bombeiros há mais de um ano.
Luis Magri, coordenador da BU Solar na Proauto Electric, trouxe essas e outras informações relacionadas ao tema durante a 4ª edição do Canal Conecta – um evento do Grupo Canal Solar, que teve início nesta terça-feira (22) e acontece até o dia 23 de outubro, em São Paulo (SP).
Durante a apresentação, o executivo da Proauto também falou sobre a necessidade de abordagens mais eficientes e seguras por parte das empresas do setor para garantir a prevenção contra incêndios em instalações fotovoltaicas.
O executivo enfatizou algumas das falhas mais comuns que costumam acontecer, entre elas: erros na montagem dos conectores, inversores e string boxes, além dos módulos fotovoltaicos.
Entre os conectores, as falhas mais comuns ocorrem por falhas na crimpagem, incompatibilidade dos conectores utilizados e a utilização de conectores danificados ou ressecados.
“O integrador compra um inversor que vem com um determinado conector, mas ele decide comprar os cabos de um outro fornecedor e mais conectores de um terceiro fornecedor. Será que tudo isso tem compatibilidade?”, perguntou ele.
Em relação aos inversores e strings boxes, os erros mais comuns são: torque incorreto de equipamentos, fuga de isolação (cabos danificados) e erros no processo de dimensionamento.
No caso dos módulos solares, os principais vacilos envolvem a falta de limpeza dos painéis solares, causando hotspots; e fato dos instaladores pisarem nos painéis e causar microfissuras na tecnologia.
Segundo Magri, tratam-se de erros comuns no dia-a-dia, mas que são diretamente responsáveis por proporcionar o início de muitos incêndios em instalações fotovoltaicas pelo país.
Fonte: Canal Solar: https://canalsolar.com.br/normas-seguranca-bombeiros-estados-brasil/